Investir em qualificação profissional tornou-se mandatório para o empresariado brasileiro
A maior parte do empresariado brasileiro tem o entendimento de que, em meio a um cenário mais competitivo e de dificuldade em recrutar mão-de-obra especializada, investir em treinamento e formação de suas equipes será definitivo para a competitividade dos negócios no longo prazo. De acordo com a pesquisa ‘Agenda’, realizada anualmente pela Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, 87% dos empresários que atuam no País deve aumentar seus investimentos nessa área ao longo de 2023. Qualificação da mão de obra é um tema que se mostra mais presente a cada edição da pesquisa: ao longo dos últimos cinco anos do estudo, ficou claro que a capacitação, aliada a outros investimentos estratégicos, se tornou um fator determinante no ambiente de negócios.
Trata-se de um movimento essencial, uma vez que estes quadros terão de lidar com estratégias cada vez mais calcadas em tecnologia e inovação. Para garantir competividade no médio e longo prazo, 65% dos entrevistados também afirmam que investirão em pesquisa e desenvolvimento e 48%, que buscarão parcerias com startups, principalmente no apoio para oferta de novos produtos ou serviços.
“Capital humano segue o principal ativo para organizações de qualquer setor de atuação. Formação e treinamento, aliados a investimentos estratégicos, como em tecnologias, transformação digital e inovação, são fundamentais para construir uma estratégia sólida de crescimento, que se sustente no longo prazo.”, destaca João Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte.
Entre os 10 maiores desafios para os negócios em 2023, de acordo com os empresários, obter mão de obra qualificada aparece justamente em quarto lugar, apontado por 63% dos respondentes. Esse cenário já afeta a estratégia das empresas para seus quadros profissionais. Enquanto 44% dos entrevistados devem aumentar suas vagas em 2023, 49% manterão os quadros como estão — e, desses, mais do que a metade (26%) fará substituições por profissionais mais qualificados, com destaque para atender necessidades tecnológicas. Somente 7% devem diminuir o quadro.