Inteligência artificial promete revolucionar a construção civil

Inteligência artificial promete revolucionar a construção civil

Tecnologias como impressão 3D e realidade aumentada estão transformando o setor, tornando-o mais ágil e preciso

Nos últimos anos, a construção civil tem incorporado novas tecnologias que estão mudando a maneira como as obras são planejadas e executadas. Ferramentas como inteligência artificial, impressão 3D e realidade aumentada são algumas das inovações que estão tornando os processos mais rápidos e menos onerosos. Essas mudanças não afetam apenas as grandes empresas, mas também trazem impactos no dia a dia das pessoas, com a promessa de um setor mais eficiente e preciso.

De acordo com um estudo da McKinsey & Company, a digitalização a construção civil pode aumentar a produtividade das empresas em até 15%, além de reduzir custos e prazos de execução das obras. A pesquisa, realizada em 2020, já mostrava que a introdução de tecnologias digitais tem o potencial de transformar a indústria de construção, proporcionando mais eficiência nos processos e melhor qualidade nas entregas.

Diogo Zambetta, engenheiro civil e co-fundador da Zambetta Empreendimentos, explica como essas inovações afetam a execução das obras. “Essas tecnologias estão impactando diretamente a redução de desperdícios e aumentando a precisão nos projetos. A integração de ferramentas digitais, como a IA, tem ajudado a prever problemas antes que aconteçam e a melhorar o gerenciamento da obra como um todo”, afirma.

Impressão 3D e inteligência artificial: vantagens no canteiro de obras

A impressão 3D, por exemplo, tem sido cada vez mais usada para construir desde elementos pequenos, como peças decorativas, até partes estruturais de edificações. Ela permite que as construções sejam feitas com menos desperdício de material, já que o processo é mais preciso. Além disso, a rapidez na fabricação pode reduzir os custos de produção, o que impacta positivamente no valor final da obra.

A inteligência artificial, por sua vez, está sendo aplicada em diversos processos de gestão das obras. Com ela, é possível otimizar o uso de materiais, prever falhas no planejamento e ajustar o cronograma em tempo real. Isso melhora o fluxo de trabalho e aumenta a segurança do canteiro de obras ao permitir um monitoramento mais eficaz das condições do local.

A realidade aumentada também entra em cena

Já faz algum tempo que realidade aumentada está se tornando uma ferramenta útil para engenheiros e arquitetos. Indo muito além dos videogames e consoles caseiros, em um nível industrial, essa tecnologia é usada para treinamentos e prevenir acidentes, colocando os profissionais dentro dos prédios antes mesmo que ele se concretizem.

Com o uso de dispositivos móveis e óculos especiais, eles podem visualizar o projeto finalizado ainda durante a fase de planejamento. Isso ajuda a detectar possíveis falhas de cálculo e ajustá-las antes da execução, evitando retrabalhos e aumentando a eficiência da obra. Assim, é possível unir segurança e experiência interativa.

“Projetar com o uso da realidade aumentada deixou o processo mais complexo, mas tem variados desdobramentos. Quem levanta a construção tem uma clareza sem precedentes de como será o produto final — e quem compra o imóvel na planta também. Todos saem ganhando”, comemora.

Desafios e o futuro digital na construção civil

Essas tecnologias, que antes eram vistas como exclusivas de grandes empresas, têm se tornado mais acessíveis. Equipamentos mais baratos e a popularização dessas soluções tornam possível que até pequenas construtoras adotem essas ferramentas, trazendo benefícios também para os consumidores, que podem esperar obras com maior qualidade e menores prazos.

Embora as inovações tecnológicas apresentem diversas vantagens, a adoção de ferramentas digitais na construção civil também enfrenta desafios. O custo inicial de implementação e a necessidade de qualificação da mão de obra são alguns dos obstáculos que as empresas precisam considerar. No entanto, o potencial de ganho de produtividade e redução de custos ao longo do tempo faz com que a digitalização se mostre cada vez mais necessária.

Para Diogo Zambetta, o setor de construção civil está, de fato, caminhando para a digitalização. “A tendência é que cada vez mais o uso de ferramentas como IA e impressão 3D se torne um padrão na indústria. Isso facilita a adaptação das empresas aos novos desafios do mercado”, conclui o especialista. As mudanças são graduais, mas podem ter um impacto significativo no modo como as construções são feitas nos próximos anos.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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