Reforma Tributária impulsiona movimentações no setor de tecnologia tributária

Reforma Tributária impulsiona movimentações no setor de tecnologia tributária

Enquanto startups enfrentam desafios na captação de investimentos, as  taxtechs estão crescendo e atraindo grandes players

Enquanto grande parte das startups brasileiras enfrenta desafios de captação de investimentos devido aos juros elevados, as taxtechs — startups que oferecem soluções tecnológicas para gestão tributária — seguem crescendo e atraindo grandes players do setor. No apagar das luzes de 2024, por exemplo, a americana Avalara, de automação fiscal em nuvem, adquiriu a goiana Oobj, que fornece software de documentos eletrônicos. Mais cedo, no mesmo ano, a companhia mineira de ERP Sankhya também comprou sua própria companhia de tecnologia em gestão tributária, a ASIS.

Apesar de os valores não serem divulgados, os negócios reforçam a tendência de consolidação das taxtechs por uma demanda contínua e crescente. “Empresas de todos os portes precisam lidar com a complexidade do sistema tributário brasileiro, especialmente com a transição da Reforma Tributária na próxima década”, afirma Pedro Lima, CEO da Taxcel, startup brasileira de transformação digital tributária. “A automação fiscal, de repente, se tornou ainda mais essencial para reduzir custos e evitar riscos legais”, continua.

Esse cenário contrasta com os números gerais das startups. Os investimentos até tentaram se recuperar em 2024, com um aumento de 9,4% no montante captado, mas esse valor ainda é cinco vezes menor do que os primeiros nove meses de 2021, segundo levantamento do Distrito, ecossistema de inovação.

Ampliação de portfólio

Essa movimentação também tem acontecido porque, com a Reforma, muitas empresas estão sentindo a necessidade de ampliar o seu portfólio de serviços e se adaptar às exigências que as mudanças trarão, contando com a tecnologia para aumentar sua competitividade. Ao se unirem ou até mesmo adquirirem outras, podem incluir áreas como “data analytics”, auditoria digital, consultoria tributária, além de integrar soluções de inteligência artificial para otimização de processos fiscais. A fusão também pode ser uma oportunidade de alcançar novos mercados e outros segmentos.

O fato é que o sistema tributário brasileiro é complexo e exige uma apuração minuciosa para evitar erros, e é exatamente nesse cenário que as taxtechs se tornam fundamentais. “Investir em tecnologias de ponta, como IA e Big Data, é fundamento para transformar e aprimorar processos. Essas soluções oferecem uma forma inteligente e ágil de organizar e analisar grandes volumes de dados fiscais, impulsionando a eficiência e a tomada de decisão estratégica”, comenta Lima.

Nos próximos anos, a expectativa é que as startups tributárias se destaquem ainda mais. “O mercado está constantemente em busca de soluções que tornem o dia a dia das empresas mais eficientes, permitindo que a força de trabalho se concentre em questões mais estratégicas. A gestão tributária, tradicionalmente vista como uma das áreas mais complexas e demoradas, está se tornando cada vez mais simplificada e estratégica graças às taxtechs”, conclui o CEO da Taxcel.

Crédito da foto: Shutterstock

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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