Projeção da taxa Selic é mantida em 14,25% para 2016 e cai para 12,63% em dezembro de 2017

selic R$Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção para a taxa básica de juros no fim do ano que vem no Relatório de Mercado Focus. A pesquisa mostra que a Selic estará em 12,63% em dezembro de 2017, o que indica uma divisão entre as apostas de uma taxa em 12,50% ao ano e de 12,75% aa, patamar observado na edição passada do documento e também um mês antes.

Pela terceira semana consecutiva, os economistas mantiveram as estimativas para a Selic em 2016 no boletim divulgado pelo Banco Central. De acordo com o levantamento realizado com aproximadamente 120 instituições, a taxa básica de juros permanecerá nos atuais 14,25% ao ano até o encerramento de 2016. Um mês antes, a aposta era de taxa de juros a 14,64% no encerramento do ano.

Com essas informações, a Selic média de 2016 permaneceu em 14,25% aa, como já constava também nos dois boletins anteriores. Um mês atrás estava em 14,48%. No caso de 2017, a Selic média passou de 13,00% para 12,98% – quatro semanas antes estava em 13,16%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus (médio prazo), a previsão para a Selic no fim de 2016 manteve-se em 14,00% aa – um mês atrás, estava em 13,75%. Para o encerramento de 2017, esses mesmos analistas mantiveram a expectativa de taxa a 12,25% ao ano ante mediana de 12,63% de um mês antes.

Câmbio

Com um cenário externo nebuloso, os economistas brasileiros mexeram em suas previsões para o câmbio do fim deste ano no Relatório de Mercado Focus. O documento aponta para uma cotação de R$ 4,36 no lugar da estimativa de R$ 4,38 vista na semana passada – um mês antes, estava em R$ 4,30. Apesar disso, o câmbio médio de 2016 ficou inalterado em R$ 4,20 de uma semana para outra – um mês antes, estava em R$ 4,19.

A perspectiva do mercado financeiro para o câmbio de 2017 também permaneceu em R$ 4,40 no boletim Focus pela quarta semana consecutiva. Já o câmbio médio do ano que vem saiu de R$ 4,30 para R$ 4,29 entre um levantamento e o outro – estava em R$ 4,20 um mês atrás.

O BC tem mantido integralmente a rolagem de leilões de swap cambial, que foram mais expressivos desde de 2013, por meio de ofertas apelidadas de “ração diária”. Também rolou os vencimentos dos leilões de linha que venceriam em fevereiro.

Depois de duas semanas de tendências variadas, os dados do setor externo voltaram a apresentar melhora na pesquisa do BC. A mediana das estimativas para o superávit comercial previsto para este ano subiu de US$ 36,10 bilhões para US$ 37,05 bilhões. Um mês antes estava em US$ 37,45 bilhões. Para 2017, a expectativa subiu de um superávit de US$ 39,30 bilhões para um saldo positivo de US$ 39,65 bilhões. Quatro edições atrás do documento, o ponto central das estimativas estava em US$ 40,00 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente para 2016, a mediana das expectativas de um déficit de US$ 32,10 bilhões, a mesma mediana vista um mês atrás, foi substituída agora pela projeção de déficit em US$ 31,15 bilhões. Já para 2017, a perspectiva é de um rombo de US$ 25,88 bilhões, volume menor do que o apontado na edição anterior, de US$ 26,75 bilhões. Quatro meses atrás, a perspectiva era de déficit de US$ 26,50 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir esse resultado deficitário nos dois anos. A mediana das previsões para esse indicador segue em US$ 55,00 bilhões pela décima semana consecutiva, no caso de 2016. Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de US$ 60 bilhões em IDP, que vinha sendo apontado pelo mercado há 18 semanas seguidas, agora está em US$ 55,55 bilhões.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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