Contribuintes brasileiros podem fazer acordo para regularizar imóveis no exterior não declarados no IR

Francisco Arrighi, diretor da Fradema.
Francisco Arrighi, diretor da Fradema.

É chegada a hora de contribuintes brasileiros com bens ativos no exterior realizarem a declaração destes ao Banco Central. Porém, dentre estes contribuintes, existe um número significativo de brasileiros que adquiriam bens no exterior e não informaram ao Governo, fazendo assim com que estes bens, na maioria imóveis, ocupassem uma posição de irregularidade perante ao Banco Central, ou seja, estes bens não foram declarados no Imposto de Renda do contribuinte.

No entanto, não é preciso pânico, pois, para regularizar esta situação existe a chamada “Denúncia Espontânea”, onde o contribuinte informa ao BC a situação dos bens, e tem a possibilidade de parcelar a dívida em 60 meses, dívida que terá um imposto de aproximadamente 27%, além da multa de 20% do tributo e correção monetária, do contrário, caso a irregularidade seja descoberta, o contribuinte além de arcar com duras penalidades, poderá pagar multas que chegam à 150% do imposto devido.

De acordo com Francisco Arrighi, diretor da Fradema Consultores Tributários, o contribuinte deve entender que os bens (valores, imóveis, veículos e outros) de valor acima de USD 100.000,00, estão obrigados a apresentar a declaração ao Banco Central até dia 05 de abril, além disso, estes mesmos bens devem compor a declaração de bens do ano base 2015/2016, e os recursos para aquisição destes, obrigatoriamente têm que passar pelo BC, portanto, aqueles que não fizeram isso corretamente estão sujeitos a diversos crimes além da referida multa de 150%, aplicável sobre o imposto devido mais a correção monetária e a representação penal pela Receita Federal do Brasil.

O Banco Central já está recebendo a declaração de pesquisa anual de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), e estarão obrigados a realizar a mesma brasileiros que tenham fora do país ativos de valor igual ou superior à U$$ 100 mil, referente ao ano de 2015. O prazo se encerra no dia 5 de abril.

“Recentes pesquisas apontaram que um grande número de brasileiros investiu em imóveis e dinheiro no exterior há aproximadamente três anos atrás, quando o mercado imobiliário americano despencou em cidades como Miami e Orlando. De dois anos pra cá, houve um aumento de cerca de 40%, comparado aos anos anteriores e, com a alta recente do dólar em relação ao real, muitos outros brasileiros também investiram em outros bens no exterior com o objetivo de lucrar e agora começam a querer retornar com estes valores, encontrando muitos problemas. Estes, caso estejam enquadrados no valor estipulado para a declaração de CBE, deverão prestar contas ao Fisco, para começar a legalização e depois na DIPF”, explica Arrighi.

“Foi aprovado pela Câmara dos Deputados em novembro de 2015 um projeto de Lei que permite a Repatriação de recursos com pagamento de pesados impostos ainda em fase de aprovações finais pelo Governo, porém com isso não podemos contar ainda”, finaliza Arrighi.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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