Cresce o número de denúncias de assédio nas empresas

Cresce o número de denúncias de assédio nas empresas

Subiu para 50,4% o número de denúncias ligadas à relacionamento interpessoal nas empresas no último ano. As situações mais denunciadas nesta categoria foram as práticas abusivas, como o assédio moral e sexual, a agressão física, a discriminação e o preconceito (26,4%). Em 2017, o índice desta categoria representava 45,2%, tendo um incremento de 11,5% na incidência desses casos em 2018.Os dados são da consultoria de ética e compliance ICTS Protiviti com base em mais de 74 mil relatos registrados e analisados entre janeiro e dezembro de 2018 em 322 canais de denúncias que a empresa opera de forma terceirizada.

Logo atrás de práticas abusivas, aparecem entre as situações mais denunciadas casos de violações às leis, favorecimento ou conflito de interesses, fraude, roubo, furto ou desvios de materiais, representando 29,8%. Já relatos de não conformidade com as políticas e normas internas, representaram 19,8% do total de denúncias feitas nas empresas no ano passado.

Em 2018, a quantidade mensal foi de 6.215 relatos (considerando mais 74 mil), um incremento de 57,5% se comparado com a média mensal registrada em 2017, que foi de 3.944 (considerando 48 mil).

Nesta edição da pesquisa nota-se uma alta na presença do líder como o agente mais denunciado nas empresas, subindo de 56,3% em 2017 para 69,8% em 2018. Os dados sinalizam a importância do anonimato no processo de registro das denúncias e, não por acaso, as denúncias anônimas continuam a crescer como a opção preferida pelos denunciantes. Somente em 2018, 73,5% dos relatos aconteceram sem identificação, um aumento de 4,3% em relação a 2017, que representou 69,7%.

Quanto à forma de contato para fazer as denúncias, o e-mail e a web foram os meios de comunicação mais usados em 2018 com 56,5% da preferência dos denunciantes. O contato telefônico aparece em segundo lugar com 36,6%.

“Em 2018 experimentamos, de fato, a evolução das empresas em receber e tratar as denúncias. Os números demonstram que as companhias brasileiras seguem uma linha de maturidade ao saberem diferenciar que denúncia não é a mesma coisa que tratar sugestões e reclamações. Além dos ganhos e benefícios na tratativa de questões fundamentais ao exercício da cidadania e na promoção de melhores comportamentos éticos no ambiente de trabalho”, explica Fernando Scanavini, coordenador da pesquisa e diretor executivo de operações na ICTS Protiviti.

Homens continuam a denunciar mais que as mulheres em 2018

O levantamento da ICTS também apresentou um recorte por gênero. Segundo o estudo, dos mais de 74 mil relatos realizados nas empresas em 2018, somente 38,3% deles foram feitos por mulheres contra 61,7% de realizados por homens. O percentual pode ser reflexo da desigualdade da participação no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Mesmo assim, as empresas devem fortalecer a participação da mulher na denúncia oferecendo a segurança no uso do canal.

Mesmo com uma menor representação, o tipo de denúncia mais frequente para as mulheres está relacionado ao relacionamento interpessoal, representando 45,2% das denúncias. Nesta categoria, as práticas abusivas, como assédio moral, sexual, agressão e discriminação representam 43,4% das denúncias femininas.

Já em relação aos homens, o tipo de denúncia mais registrado está relacionado ao descumprimento de políticas e normas internas, representando 64,5%.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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