As 6 crises das empresas

As 6 crises das empresas

Não é todo dia que estamos em nosso melhor momento. Um resfriado, uma dor de cabeça ou até mesmo uma discussão com a família pode atrapalhar nosso desempenho, seja na vida pessoal ou profissional. Com as empresas acontece a mesma coisa. Quando alguma de suas áreas não vai bem, a perda de rendimento é certa. E com isso, a competitividade, lucratividade e rentabilidade também entram em queda.

Para remediar o problema antes que ele se transforme em uma verdadeira crise, é preciso saber onde estão os principais riscos do seu negócio. Você já ouviu falar das 6 crises das empresas? As dificuldades vividas pelos empresários podem ser divididas em seis momentos.

1. Crise inicial

A falta de planejamento aparece como um dos principais problemas enfrentados pelos gestores brasileiros, independentemente do porte da companhia. E uma das causas para isso está no fato de que muitas empresas não desenvolverem um planejamento estratégico – ou pior: até contam com o documento pronto, mas não o usam como o guia necessário. Sem ele, é muito comum que as empresas não consigam estabelecer os critérios certos para o crescimento.

2. Crise do capital de giro

O capital de giro é o recurso usado para financiar o dia a dia das operações empresariais, seja para manter os estoques, financiar clientes ou atender as despesas operacionais. Em geral, alguns fatores podem interferir diretamente nesses problemas, entre eles a redução ou aumento do volume de vendas; volumes de estoques inadequados; alteração dos prazos de vendas; inadimplência; e aumento de custos.

Manter o capital de giro sadio é fundamental para que a empresa consiga dar conta de suas despesas, especialmente se trabalha com recebimentos e pagamentos a prazo, pois necessita contar com dinheiro em caixa. A gestão desses recursos é um dos pontos mais complexos para os administradores e, em função de sua importância para a empresa, fazer ajustes com o apoio de uma consultoria empresarial pode ser fundamental, especialmente se a companhia começa a sofrer com falta de recursos e precisa recorrer à aportes externos, como empréstimos.

3. Crise de delegação

É natural que, quando uma empresa comece a crescer, os empresários ou sócios-fundadores precisem delegar tarefas que antes eram executadas por eles mesmos. Mas é importante lembrar que delegar não é abdicar, mas sim informar, capacitar e monitorar. A centralização infantiliza a equipe, que está sempre esperando um “ok” do chefe para se mexer, e gera um bloqueio no fluxo de operações, levando o funcionário a cobrar da chefia agilidade nas decisões.

Por vezes, abrir mão de certas tarefas é um trabalho complicado para muitos líderes, resultando em uma crise de delegação, que faz com que a empresa deixe de executar atividades com a mesma qualidade de antes. Se há dificuldade, as empresas podem contar com o apoio de uma consultoria de negócios, capaz de ajudar a identificar quais atividades devem ser prioridades para o empreendedor e o que deve ser distribuído.

4. Crise da liderança

Um bom líder sabe delegar e deixar que os colaboradores ou responsáveis executem as tarefas do jeito que entendem ser mais efetivo. Por isso, a crise da liderança está intrinsecamente ligada à de delegação. Quando se obtém sucesso na divisão de tarefas, é necessário aprender a liderar e, sobretudo, motivar uma equipe em prol do crescimento empresarial.

Obviamente, ganhos financeiros e um bom salário são fatores importantes para ter sua equipe motivada, mas há outros pontos fundamentais, como compreensão e reconhecimento. Há pessoas com uma empatia natural para liderar, mas esse tão necessário atributo pode ser também aprendido. Uma consultoria de negócios pode colaborar com as empresas nos aspectos de liderança, corrigindo problemas que ocorrem nesta área ou até mesmo evitando que uma crise se desenhe por esse motivo.

5. Crise da expansão

Toda empresa tem interesse em expandir, aumentando as receitas e o volume de negócios efetivados. No entanto, esse passo precisa ser feito de forma planejada e no momento adequado para que a companhia não seja obrigada a, no futuro, recolher suas operações. Afinal, os empresários brasileiros enfrentam uma série de desafios externos para expandir suas empresas, como a elevada carga tributária, dificuldade para crédito e os altos juros.

Por isso, o sucesso de uma expansão está na organização interna, que deve seguir um planejamento estratégico. Um dos grandes entraves é a elaboração de um planejamento que não leve em conta os novos custos reais, o contexto econômico, os novos concorrentes, entre outros aspectos importantes. Além disso, avaliar se o crescimento está sendo feito da forma correta e os riscos aos quais a companhia está exposta é extremamente importante, sendo também alguns dos benefícios que uma consultoria empresarial pode apresentar em um momento tão complexo para boa parte dos empreendedores.

6. Crise da prosperidade

Quando se vive momentos econômicos turbulentos, como o que estamos vivendo atualmente, as empresas são obrigadas a ter uma preocupação maior com seus custos, contenção de gastos e aumento da produtividade. Mas o inverso também é possível: momentos de fartura costumam gerar descontrole. As épocas de prosperidade – de caixa cheio – precisam ser vividas com muita cautela.

Controlar custos, estar atento aos índices de produtividade e procurar melhorias constantes – seja na qualidade dos produtos, nos processos internos, no atendimento ao consumidor – são desafios que devem ser colocados à prova a todo momento pelos empresários.

O artigo foi escrito por Milton Jaworski, que é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e há mais de 30 anos fundou a Jaworski Consultoria Empresarial.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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